quarta-feira, 5 de junho de 2013

Experiências com a Leitura e Escrita



Algo para lembrar entre minhas lembranças


Iniciava-se mais um ano letivo naquela escola, que para ser sincera não lembro o nome e nem a aparência. Lembro-me apenas da dona Norma, minha professora do pré-primário: grande, corpulenta; de fala pausada, mas firme; de mãos grosseiras, mas para mim tão acolhedoras. Engraçado... remexo minhas lembranças e  recordo-me pouco de suas aulas, mas lembro-me muito de como sabia contar histórias e como com elas conseguia entreter até o mais inquieto.

 Depois dela outras vieram em outra escola, Anésia Sincora, subúrbio de São Paulo e das quais tenho apenas alguns flashes. A da primeira série fazia-me chorar. Quando comecei a escrever e ela descobriu que eu era canhota, mandou-me ficar com o braço esquerdo para trás o tempo todo e dizia que aquela mão não era para aquela serventia. A professora da segunda série vivia de licença e foram tantas que a substituíram que não consigo lembrar de nenhuma.
 A partir da terceira série sim, lembro-me muito bem da minha escola, Centro Educacional SESI-143, em Bariri, os cheiros, as cores, os sons reportam-me a uma época de boas lembranças. Lá conheci dona Marlene, nessa série só uma professora e um só livro para todas as matérias. As explicações eram repetidas inúmeras vezes e se alguém não entendesse, pacientemente, ela tornava  repeti-las.
 Na quarta série, dona Dirce lia muito para nós, lia se transportando e transportando-nos para um mágico mundo de sons melodiosos, pausas e ritmos. As palavras na sua leitura ganhavam vida e beleza.
 Esses momentos foram muito marcantes e continuam presentes em meu espírito. A experiência com a escrita não foi muito boa, mas as experiências com a leitura impregnaram de sentido meu cotidiano escolar, levaram - me a imitar minhas professoras, de forma mais ou menos consciente e até hoje sopram na minha cabeça

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